Deputado Chiquinho da Emater coloca orçamento do Estado em discussão e parlamentares pedem para valores serem rediscutidos com o Governo

Deputado Chiquinho da Emater coloca orçamento do Estado em discussão e parlamentares pedem para valores serem rediscutidos com o Governo

 

Na sessão desta terça-feira (22), o deputado Chiquinho da Emater (PSB), em seu pronunciamento na tribuna, parabenizou o município de Ji-Paraná pela passagem dos seus 45 anos e destacou os avanços do município localizado na região central de Rondônia. “Ji-Paraná é uma cidade que tem se desenvolvido e crescido muito, é o coração de Rondônia, e com isso, se tornando cada vez mais importante para nosso estado. Desejo muito sucesso e felicidade para todo município e sua população. Fico feliz em poder fazer isso ainda como deputado estadual”, declarou Chiquinho que também adiantou felicitações a Vilhena, cidade que também completa 45 anos nesta quarta-feira (23).

O orçamento do Estado foi o assunto principal comentado pelo deputado durante seu pronunciamento. O parlamentar afirmou que o orçamento para este ano é de, aproximadamente, R$ 17,2 bilhões. Segundo ele, parte do recurso já é vinculada sendo parte dos municípios.

“A parte que fica para ser dividida pelo estado ultrapassa os R$ 13 bilhões, um orçamento gigante que mostra o quanto Rondônia vem se desenvolvendo. Eu passei para cada deputado uma relação de quanto cada secretaria estadual deverá executar. Em 2022, o orçamento foi de R$ 10 bilhões e para 2023, chegamos à casa dos R$ 13 bilhões, e em breve deveremos votar. Uma pena termos tido um decréscimo no repasse de recursos para a agricultura, sendo que considero se tratar de uma pasta que deveria ter um orçamento bem maior”, enfatizou o deputado.

De acordo com Chiquinho da Emater, o agronegócio é o setor responsável por levar Rondônia para uma arrecadação tão positiva. “E quando chega a hora de investir recursos, vemos a Seagri com um orçamento bem abaixo em relação ao disponibilizado no ano passado. Acho lamentável. Nosso estado é agrícola e temos que aplicar nesse setor que vai gerar empregos no campo e na cidade”, disse.

Apartes

O deputado Dr. Neidson (Podemos) fez suas considerações em relação ao orçamento voltado para a saúde pública. Segundo o parlamentar, o valor está em - 0,03%. “O orçamento desse ano era de mais de R$ 1,3 bilhão e para o ano que vem percebemos que o valor caiu. A saúde já não está bem, e foi um dos setores que, durante as campanhas eleitorais, foi motivo de promessas de melhorias e não é o que estamos vendo aqui no orçamento do Estado”, destacou Dr. Neidson.

Lazinho da Fetagro (PSB), parabenizou o parlamentar em abrir uma discussão em relação ao orçamento do Estado e sugeriu que a Assembleia Legislativa não aprove. Para o deputado, “é inconcebível imaginar a Secretaria de Estado de Saúde (Sesau) nas atuais circunstâncias e a Secretaria de Estado da Agricultura (Seagri), com um orçamento de menos 50% do que foi aprovado no ano passado. Para investimentos não vejo possibilidades com esse recurso aqui, deve ser para folha de pagamentos. Que possamos sentar com o Governo e rediscutir esse orçamento, isso aqui é uma aberração”, ressaltou Lazinho.

O deputado Williames Pimentel (MDB), afirmou que o colega, Chiquinho da Emater, estaria “preservando essa Casa ao apresentar esse tipo de informação detalhada para podermos ter noção do que devemos trabalhar em favor do povo que nos elegeu. Não podemos ter um orçamento que aumentou em quase 40% a perspectiva de receita, com a saúde no negativo e o setor produtivo, a fonte de desenvolvimento econômico desse estado, também ter tido uma redução. Essa peça tem que ser rediscutida de forma republicana e de uma forma que mais se aproxima dos anseios e necessidades da população”, disse Pimentel.

Já o deputado Adelino Follador (União Brasil) lembrou que orçamento foi feito antes das eleições e que também vê a necessidade de os valores serem rediscutidos. “É muito importante chamarmos o Governo para outro debate acerca desses valores. A agricultura está muito desprivilegiada com esse orçamento, assim como, a saúde também. É necessária uma discussão bem ampla antes de aprovarmos algo tão importante para a continuidade do bom desenvolvimento de Rondônia”, afirmou Follador.

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