Sob o comando de Heitor Costa, a FFER acumula críticas por sua gestão omissa, sem transparência e distante das reais necessidades dos clubes e atletas
sexta-feira, 04/04/2025 às 11:17
Enquanto o futebol rondoniense enfrenta um cenário de abandono, desorganização e falta de investimentos, o presidente da Federação de Futebol do Estado de Rondônia (FFER), Heitor Luiz da Costa Junior, está prestes a embolsar um salário mensal de R$ 215 mil. O valor faz parte do reajuste autorizado pela Confederação Brasileira de Futebol (CBF), que aumentou em 330% os salários dos presidentes das federações estaduais — subindo de R$ 50 mil para R$ 215 mil.
O reajuste foi aprovado logo após a reeleição de Ednaldo Rodrigues para mais um mandato à frente da CBF. A medida gerou indignação em diversos estados, mas em Rondônia, onde o futebol sobrevive à base de esforços isolados e praticamente sem nenhum apoio institucional, a revolta é ainda maior.
Clubes tradicionais como Genus e Ji-Paraná já enfrentaram colapsos financeiros, campeonatos são mal organizados e a representatividade de Rondônia em competições nacionais segue quase irrelevante. Ainda assim, o presidente da entidade terá um dos salários mais altos do estado — tudo bancado por recursos da CBF, que arrecadou mais de R$ 1,1 bilhão em 2023.
Futebol rondoniense na UTI
Enquanto Heitor recebe cifras milionárias, os clubes locais mal conseguem bancar passagens, estadias e alimentação para seus atletas. Falta estrutura, calendário, apoio técnico e financeiro, e sobram promessas não cumpridas. O que se vê é um futebol abandonado, sufocado pela má gestão, e que depende cada vez mais da boa vontade de dirigentes locais e projetos sociais.
“É como se o presidente vivesse em outro planeta”, desabafa um dirigente de clube, que preferiu não se identificar. “Enquanto o futebol do estado agoniza, ele vai receber R$ 215 mil por mês sem apresentar resultados concretos? É imoral!”
Sem pressão, sem cobrança, sem avanços
Com total liberdade e praticamente nenhuma cobrança institucional, Heitor Luiz da Costa Junior segue no comando da FFER há anos, sem apresentar projetos sólidos, resultados expressivos ou planos de modernização. A permanência no cargo e os privilégios agora ampliados pela CBF levantam o questionamento: até quando o futebol rondoniense será tratado como último da fila?
A elite do futebol brasileiro segue lucrando. Já Rondônia, sob a gestão de Heitor, continua sendo um dos estados mais invisíveis no cenário nacional — tanto em campo, quanto fora dele.
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