Porto Velho, RO – O maior sintoma antidemocrático visto nas eleições de 2022 são as discrepâncias abissais observadas nas prestações de contas dos postulantes à Câmara Federal por Rondônia, por exemplo.Enquanto uns recebem, para se ter ideia, apenas R$ 7 mil do Fundão Eleitoral – valor que mal custeia materiais impressos produzidos pelas gráficas –, outros, como o líder da bancada federal rondoniense e concorrente à reeleição Lúcio Mosquini, do MDB, estão com R$ 2,5 milhões em dinheiro público para “torrar”.
Na falta de uma expressão melhor no vocabulário tupiniquim para definir a situação execrável tacha-se de maneira assertiva o contexto como algo vergonhoso e obtuso.
Não há como emparelhar novatos e veteranos se os recursos, bilionários, inclusive, custeados com o suor do cidadão comum, são distribuídos de forma a privilegiar quem já é privilegiado.Homens ricos, mulher milionárias, enfim, recebendo quantias desenfreadas dessa monta astronômica autorizada, inclusive, pelo Supremo Tribunal Federal (STF).
O valor exato? R$ 4,9 bilhões!
E no discurso o pretexto para as cifras exorbitantes dos valores envoltos ao Fundão Eleitoral, ou Fundo Especial, como queira o (a) leitor (a), sempre foi o aprimoramento da democracia. Tornar a contenda eletiva um pouco mais justa e menos penosa para que não dispõe de ferramentas para bater de frente com quem já ocupa espaços no sistema.
"OS HUMILDES DO FUNDÃO":
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