Ji-Paraná, RO — 21 de Outubro de 2025 — Uma cena de absoluto descaso com a saúde pública e o meio ambiente surpreendeu e revoltou pedestres e comerciantes na manhã desta terça-feira, 21 de outubro, no coração comercial de Ji-Paraná.
Caixas contendo seringas e agulhas usadas, classificadas como resíduos de saúde com alto risco de contaminação e acidentes, foram flagradas descartadas de forma irregular na calçada da movimentada Avenida Brasil, entre as ruas T-5 e T-6.
O episódio expõe uma falha grave na gestão e conscientização sobre o descarte de materiais perfurocortantes na cidade, levantando um alerta urgente para as autoridades e a população.
Risco Exposto em Plena Via Pública e Acidente Por Pouco.
O material, que deveria ser rigorosamente acondicionado em coletores específicos e ter um destino final adequado, estava visivelmente exposto, representando um perigo iminente para qualquer pessoa que passasse pelo local.
A gravidade da situação foi confirmada por um incidente reportado por uma pedestre. Ao transitar pela calçada, a mulher teve seu chinelo perfurado por uma das agulhas descartadas, com o objeto pontiagudo quase atingindo sua pele na região do pé.
O susto e o risco de contaminação foram altíssimos. “Foi por muito pouco que não me furei. Uma agulha aqui, contaminada, pode ter consequências seríssimas, inclusive a transmissão de uma doença grave,” desabafou a vítima, que preferiu não se identificar.
“É uma ousadia absurda e um relaxamento com a vida das pessoas,” complementou um comerciante local. “Isso é lixo hospitalar, não lixo comum.”
Legislação e Conscientização em Xeque
O descarte inadequado de seringas e agulhas é uma infração grave às normas sanitárias e ambientais, podendo resultar em multas para os responsáveis, caso sejam identificados.
O risco não se limita apenas a perfurações leves, mas sim à potencial transmissão de doenças como Hepatites B e C e HIV, caso o material esteja contaminado com sangue.
As Unidades Básicas de Saúde (UBS) do município são, via de regra, os locais designados para o recebimento e o descarte correto desses materiais, especialmente aqueles gerados em domicílio por pacientes que fazem uso contínuo, como diabéticos.
No entanto, a visível negligência sugere que essa orientação não está sendo seguida ou que a fiscalização e a logística de coleta especializada precisam ser urgentemente revistas.
Ação Imediata Necessária
A reportagem aguarda um posicionamento da Secretaria Municipal de Saúde (Semusa) e da Secretaria Municipal de Meio Ambiente (Semeia) de Ji-Paraná para saber quais medidas serão tomadas para a remoção imediata e segura do material e para a identificação e punição do responsável por este crime ambiental e de saúde pública.
A comunidade exige uma resposta rápida e, principalmente, uma campanha de conscientização mais eficaz para evitar que cenas tão perigosas voltem a se repetir nas ruas da cidade. O descarte correto de resíduos de saúde é um ato de responsabilidade coletiva que protege a vida de todos.





