Publicada em 29/05/2025

Questionado se teme pressões por parte do governo ou do Supremo Tribunal Federal (STF), Coronel Chrisóstomo foi direto: “Não temo qualquer tipo de pressão, nem de forma direta nem agora sob o pretexto de uma suposta atuação ‘democrática’ por parte do STF.

O Parlamento é soberano e tem o dever de investigar quando há indícios graves contra a população, como é o caso dos aposentados.

A oposição na Câmara dos Deputados se reuniu nesta terça-feira (27) com o presidente da Casa, Hugo Motta (Republicanos-PB), e apresentou o nome do deputado federal Coronel Chrisóstomo (PL-RO) para liderar os trabalhos de investigação sobre irregularidades no INSS. Caso a apuração seja instaurada como Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) na Câmara, o parlamentar será indicado para presidir o colegiado. Se a comissão for instalada como Comissão Parlamentar Mista de Inquérito (CPMI), no Congresso Nacional, Chrisóstomo deverá ser o relator.

A comissão, apelidada de “CPI do roubo dos aposentados”, é de autoria do próprio Coronel Chrisóstomo e já ultrapassou 200 assinaturas. A proposta tem como objetivo apurar atrasos, fraudes e possíveis desvios de recursos na concessão de aposentadorias e outros benefícios previdenciários por parte do INSS.

Durante a reunião com Hugo Motta, também foram discutidos outros temas de interesse da oposição, como a urgência na votação da anistia aos envolvidos nos atos de 8 de Janeiro, a revogação do novo IOF sobre operações de câmbio e a convocação de uma comissão geral para debater a atuação das big techs.

Ao ser questionado se teme pressões por parte do governo ou do Supremo Tribunal Federal (STF), Coronel Chrisóstomo foi direto: “Não temo qualquer tipo de pressão, nem de forma direta nem agora sob o pretexto de uma suposta atuação ‘democrática’ por parte do STF. O Parlamento é soberano e tem o dever de investigar quando há indícios graves contra a população, como é o caso dos aposentados.”

A definição sobre o formato da comissão — se CPI na Câmara ou CPMI no Congresso — segue em discussão entre os presidentes das duas Casas Legislativas. Enquanto isso, a oposição mantém a articulação para garantir a instalação da comissão e a condução dos trabalhos por Coronel Chrisóstomo.