O governo
federal, após intensas negociações e pressões parlamentares, especialmente do Deputado Federal Coronel Chrisóstomo
(PL-RO), decidiu retirar os militares das alterações na Proposta de Emenda
à Constituição (PEC) destinada à diminuição e contenção de despesas públicas.
O
parlamentar manifestou veemente “oposição”
às mudanças nas regras previdenciárias da família militar, argumentando que
tais alterações não trariam impacto significativo nas contas governamentais, pois
já havia sido discutida em meados de 2001 e conforme reconhecido pelo próprio
ministro da Fazenda, Fernando Haddad.
A PEC
enviada ao Congresso Nacional inclui diversas medidas para o ajuste fiscal,
tais como:
-
Limitação do teto salarial do funcionalismo público, com previsão de lei
complementar para regulamentar exceções;
-
Aprimoramento das regras do Abono Salarial, visando maior eficiência na
distribuição dos recursos;
- Revisão do Benefício de Prestação Continuada (BPC), assegurando que o benefício alcance quem realmente necessita;
-
Disciplina na concessão e ampliação de benefícios tributários, buscando reduzir
distorções fiscais;
-
Alocação de até 20% dos recursos do FUNDEB para financiar a manutenção e a
abertura de vagas em escolas de tempo integral;
- Ajuste
das despesas com subsídios, subvenções e benefícios financeiros, alinhando-os
ao limite de gasto;
-
Prorrogação da Desvinculação de Receitas da União, aumentando a flexibilidade
orçamentária e;
- Vedação
da criação de despesas vinculadas com crescimento superior ao do arcabouço
fiscal, garantindo sustentabilidade nas contas públicas.
Essas
iniciativas integram um pacote mais amplo de ajustes fiscais que o governo
federal pretende implementar para tentar assegurar maior rigor nas despesas das
contas públicas. O que por hora, não tem tido muito sucesso.
"É
uma vergonha ver a tentativa desse governo de construir uma narrativa
distorcida sobre esse tema, o pior é tentar atribuir às Forças Armadas um peso
desproporcional no orçamento federal", afirmou o
deputado.
Essa exclusão
dos militares das mudanças propostas reflete uma sensibilidade do governo federal
às “demandas parlamentares” e a
busca por um equilíbrio entre a necessidade de ajuste fiscal e o reconhecimento
das especificidades das carreiras militares.
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