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vo Cassol, ex-governador de Rondônia e uma das figuras políticas mais populares do estado, vive um momento de inflexão. Entre decisões controversas, embates familiares e declarações polêmicas, seu futuro político parece mais incerto do que nunca. Cassol, que já foi sinônimo de gestão arrojada, hoje luta para manter relevância enquanto tenta lidar com as consequências de escolhas que, ao longo dos anos, enfraqueceram sua influência.
Nos últimos tempos, Cassol se destacou mais por atos de “pirotecnia” política do que por conquistas concretas. A defesa inusitada do uso de solda elétrica contra a Covid-19 em 2021, que carecia de qualquer respaldo científico, ilustra o tom errático que passou a marcar sua postura pública. Além disso, sua recente "rasteira" na irmã, Jaqueline Cassol, pelo controle do Progressistas em Rondônia, reforça uma imagem de um político disposto a sacrificar laços familiares em nome de projetos pessoais.
O “dedo podre” no apoio a aliados
Cassol enfrenta um desafio recorrente: sua incapacidade de transferir popularidade aos aliados. Sob sua tutela, nomes como João Cahúlla, sua esposa Ivone, e até figuras excêntricas como DJ Maluco e Ivan da Saga fracassaram eleitoralmente. Mais recentemente, tentou emplacar Valdir Vargas como uma alternativa ao grupo de Mariana Carvalho na disputa pela prefeitura de Porto Velho, mas o projeto não ganhou tração; e mais, acabou declarando apoio a ex-deputada, que perdeu as eleições para Léo Moraes, do Podemos. Esses insucessos consolidaram sua reputação de "dedo podre" na hora de apontar sucessores, enfraquecendo sua capacidade de liderança política.
Amarras jurídicas e incertezas eleitorais
Cassol ainda enfrenta restrições jurídicas que limitam sua atuação política. Desde 2018, quando encerrou seu mandato como senador, sua carreira tem sido marcada por obstáculos legais que dificultam novas candidaturas. A população, por sua vez, demonstra incerteza quanto ao status político do ex-governador, o que torna sua situação ainda mais nebulosa.
A necessidade de foco e reinvenção
Apesar de suas controvérsias, Cassol permanece uma figura carismática e popular. Sua trajetória política mostrou que ele tem a capacidade de conectar-se com o eleitorado em um nível profundo. No entanto, para reverter o cenário atual, precisará revisitar suas raízes como gestor e abandonar tentativas de apadrinhamento político que têm gerado mais derrotas do que vitórias.
O caminho mais viável seria concentrar-se em resolver seus entraves jurídicos e preparar-se para um eventual retorno como candidato. Cassol já provou ser um adversário formidável em pleitos majoritários quando está livre de amarras legais. Esse foco, aliado a uma estratégia mais madura e coerente, pode trazer de volta o brilho de um dos políticos mais marcantes de Rondônia.
Se Cassol deseja reassumir o protagonismo, precisa deixar de lado as manobras mirabolantes e a insistência em eleger aliados. É hora de olhar para si, reconectar-se com o eleitorado e provar que ainda tem algo a oferecer como administrador estadual. Afinal, o "Homem do Chapéu" só pode reinar novamente se relembrar por que um dia foi considerado o principal líder político do estado.
Fonte :Rondoniadinamica
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