Empresária é presa por exploração de trabalho infantil em Porto Velho

Empresária é presa por exploração de trabalho infantil em Porto Velho

 



Foto de arquivo


Rede de Proteção age para garantir segurança de crianças em situação de vulnerabilidade

 27, nov, 2024  Atualizado há um dia


Nesta quarta-feira (27/11), uma ação conjunta da Rede de Proteção à Infância e Adolescência resultou na prisão de uma empresária em Porto Velho, acusada de exploração de trabalho infantil. Quatro crianças, entre 9 e 12 anos, foram resgatadas da residência da empresária, que as explorava, por meio da venda de doces nas ruas da capital.

Denúncia e investigação
A denúncia inicial chegou ao 4º Conselho Tutelar, acompanhada de fotos e outros registros. Conselheiros acionaram a Delegacia de Proteção à Criança e ao Adolescente (DPCA), a Polícia Militar e o Ministério Público (MPRO). Após autorização judicial, foi cumprido o mandado de busca e apreensão na residência da suspeita.

De acordo com a delegada Cheila Mara Bertoglio, as crianças estavam em condições insalubres. "Encontramos roupas sujas, colchões no chão e um ambiente precário. As crianças eram submetidas a metas de venda, comprovadas por um caderno com anotações acerca das metas de vendas que cada criança teria que cumprir.", afirmou.

Ação coordenada e prisão

A empresária, conhecida por organizar eventos na cidade, foi presa em flagrante. A inteligência da Polícia Militar reuniu provas como imagens e fotos.
O Promotor de Justiça André Almeida destacou a gravidade do caso. "O trabalho infantil noturno, sem qualquer condição de segurança ou dignidade, é inaceitável. Crianças precisam estar na escola e brincando, não expostas à exploração", declarou.

Atendendo ao pedido do MPRO, os mandados de prisão e de busca e apreensão foram expedidos pela Vara de Proteção da Infância e Juventude, que analisou os pedidos cautelares com celeridade.

Proteção às crianças

As vítimas foram encaminhadas ao Conselho Tutelar, que providenciará estudo social e acompanhamento psicológico. Duas das crianças são filhas da investigada, enquanto as outras pertencem a uma terceira pessoa, ainda sob investigação.

O caso reforça o papel da Rede de Proteção em combater o trabalho infantil. O Ministério Público segue acompanhando as investigações, que podem incluir outros crimes praticados contra as crianças.

Gerência de Comunicação Integrada (GCI)

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