Faça o que eu digo, não o que eu faço.
Na lábia eu sou poeta, mas na vida real eu faço tudo errado. Autor
desconhecido.
Em
2019, Júlio Cesar, delegado de polícia, hoje candidato a prefeito de Ouro
Preto, pode ter mandado
superfaturar produtos adquiridos com “no
projeto do juiz”, provavelmente de algum fundo do Poder Judiciário usado para custear projetos da
Delegacia de Repressão às Ações Criminosas Organizadas - DRACO II, da qual
ele era o chefe.
Esse
fato é revelado em um dos áudios recebidos em 2019 pelos jornalista Fabio
Camilo e Alessandro Lubiana, que
apontava o hoje candidato e alguns colegas de profissão cometendo uma série de
irregularidades, que os levou à expulsão do inquérito da Operação Pau Oco pelo Delegado-Geral de Polícia Civil.
Esse
áudio, que pega o delegado com a boca na botija, é datado de 27.06.2019, no auge daquela
operação.
Veja
a transcrição da fala dele:
“Então foda-se, é para botar no projeto do juiz isso aí
cara, na hora que liberar o dinheiro, a gente compra mais barato e aproveita o
dinheiro, tem que botar o mais caro mesmo porra, vocês não estão raciocinando
não”?
Agora
ouça o áudio na íntegra: (...)
Fica
claro que o candidato Júlio César, como
delegado, estava cometendo crimes
contra a administração pública, como fraude
a licitação, superfaturamento e, se teve a participação dos demais integrantes
da DRACO II, pode ser também caracterizado
como organização criminosa, ironicamente, o tipo de crime que aquela delegacia
especializada foi criada para combater.
Essa
conduta não é a esperada de um delegado-chefe de polícia, fato que deverá ser
apurado pela Corregedoria-Geral da Polícia Civil e Ministério Público.
Resta
saber se eleito prefeito o delegado candidato vai interpretar o papel
apresentado em público, de delegado
austero, ou se vai fazer aquilo que faz na surdina, delapidando recursos
públicos, para fins inconfessáveis.
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