Assassinado na Bolívia enquanto dormia, Pedro André de Souza

Assassinado na Bolívia enquanto dormia, Pedro André de Souza


 

Ele fundou um dos maiores jornais do Estado: A Folha de Rondônia e o Diário do Povo.

Da redação – Roberto Gutierrez – O empresário e fazendeiro de Rondônia, Pedro André De Souza, foi assassinado na madrugada de hoje enquanto dormia em uma propriedade dele na Zona rural do Departamento Beni, um dos nove estados da Bolívia. A Folha de Rondônia News não teve acesso às investigações, mas, uma pessoa que morra em Trinidad, capital do Beni, ligada à polícia, confirmou que a está sendo investigando o assassinato de um fazendeiro brasileiro de nome Pedro André de Souza.

Segundo o jornalista Dimas Ferreira, do Folha do Sul on Line, um empresário do Agronegócio contou que esteve com o Pedro André na última sexta-feira (27) antes de voltar ao Brasil.

A linha de investigação da polícia boliviana não descarta que a motivação do assassinato pode ligação com funcionários da própria fazenda. Uma fonte revelou que o relacionamento de Pedro André com alguns deles não estava bem.

Segundo uma fonte ligada à polícia boliviana, Pedro André teria sido alvejado com nove tiros enquanto dormia.

A Folha de Rondônia News não conseguiu entrar em  contato com a familiares do Pedro Andre.


Uma trajetória de sucesso e recomeços

Pedro André de Souza chegou ainda criança com os pais à Vila de Rondônia, hoje Ji-Paraná. Trabalhou de engraxate. Ainda na adolescência, conseguiu uma oportunidade para ser entregador do jornal. Foi no jornal A Palavra, do saudoso ‘comunista’ acreano Dionísio Xavier Silveira, o velho Dió, cuja redação iniciou ainda no Bairro Casa Preta, que Pedro André tomou gosto por Gráfica. Trabalhou como gráfico muito tempo até que montou a própria gráfica nos anos 80. Pouco tempo depois montou uma empresa de terraplenagem, a Guiso, Em 1999 ele acabou criando a Folha de Rondônia, cuja marca registrada ganhou do João Vilhena, hoje com 92 anos. Foi nessa época, já no início dos anos 2000, que se elegeu vereador. Sua meta era ser o mais votado de Ji-Paraná, mas ficou em segundo lugar, perdendo o posto de mais votado para o Zezinho da Cadeira (In memrória), o mais votado da época. Altamente competitivo, Pedro não gostava nem um pouco da brincadeira de dizer que ele havia perdido pro Zezinho da Cadeira. Antes de completar um ano de vereador, Pedro André renunciou ao cargo e colocou foco nos negócios, que aliás, era altamente dedicado.

Após vender a Folha de Rondônia e ter um desentendimento com os novos donos, o que acabou virando uma pendenga na Justiça, acabou montando o Diário do Povo também em Ji-Paraná. O jornal em formato tabloide ganhou aceitação popular. Foi no tempo em que Ji-Paraná, Tinha dois Jornais Altamente competitivos. Com pouco mais de um ano, o Diário do Povo acabou falindo e Pedro André foi de mudança para Vilhena, onde fez sucesso na Construção Civil, construindo o primeiro condomínio fechado no Cone Sul de Rondônia.

Pedro André, antes de se tornar vereador, ganhou a comenda com o título de Cidadão de Ji-Paraná.

Pedro André tinha comportamento imperativo, era ousado, tinha foco apurado como empreendedor em tido a que dedicava fazer. Pedro era de pavio curto, ou seja, de temperamento forte: não media as palavras quando sentia que tinha razão em uma discussão. Ele era do tipo amigo dos amigos e não media esforços para ajudar, e se portava com um ótimo inimigo dos desafetos.

Considerações do Editor

Eu, Roberto Gutierrez, fui amigo do Pedro André. Trabalhamos juntos na fase dele como empresário da comunicação. Torço para que esse crime seja elucidado, que os culpados. Que os culpados sejam punidos, e estendo minha solidariedade cristã a todos da família, neste momento de dor, angústia e anseio por justiça.

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