O isolamento do deputado estadual Delegado Camargo (REPU) vem se tornando cada dia mais visível dentro do parlamento rondoniense, principalmente após o arranhão da imagem entre os profissionais da segurança pública por conta a peleja do ICMS. 


Camargo abriu fogo cerrado contra o governo do Estado, e o que antes era um embate ideológico, passou para oposição na prática, onde vale tudo para desestabilizar Marcos Rocha e aliados, fato que vem deixando muitos deputados escabreados com o gabinete de Camargo, que já vem sendo visto como uma espécie de “QG da Arapongagem”. 


A desconfiança de que o deputado estaria utilizando de sua expertise policial para aplicação de métodos nada republicanos dentro da ALE/RO iniciou com a nomeação do delegado Júlio César para a chefia de seu gabinete. 


Esse delegado é suspeito de promover monitoramentos ilegais através de escutas telefônicas e gravações ambientes de autoridades políticas e judiciárias de Rondônia, entre eles, o ex-governador Daniel Pereira e o falecido desembargador do TJ/RO, Walter Waltemberg.


A “grampolândia” promovida por esse delegado foi desvendada à época após atuação dos jornalistas Fábio Camilo e Alessandro Lubiana. 


Para o deputado Camargo, essas suspeitas de desrespeito aos tramites legais do processo da Justiça não foi qualquer impeditivo para que Júlio César assumisse a chefia de seu gabinete, somando ao salário de delegado a gratificação da ALE/RO, chegando à uma remuneração liquida de R$ 34 mil.


Júlio César ficou apenas dois meses à frente desse cargo, curto período de tempo em que foram registradas suspeitas de instalação de grampos e escutas no CPA e dentro de salas da ALE/RO, motivo que levantou de uma vez por todas as suspeitas sob Camargo por parte de seus colegas de parlamento.


Quem pensa que não haverá contraofensiva dos deputados contra Camargo se engana, alguns parlamentares já cogitam a abertura de uma investigação interna que se apontar utilização de recursos públicos para esse tipo de “modus operandis” poderá levar o deputado à ser colocado como investigado na Comissão da Ética do parlamento.