Coronel da reserva que participou de atos terroristas é exonerado do Hospital das Forças Armadas, em Brasília

Coronel da reserva que participou de atos terroristas é exonerado do Hospital das Forças Armadas, em Brasília




Por G1
Publicada em 10/01/2023 às 10h05

    O coronel da reserva do Exército Adriano Camargo Testoni foi exonerado do Hospital das Forças Armadas (HFA), em Brasília, após postar vídeos participando da invasão às sedes dos três poderes, no domingo (8). A decisão foi publicada nesta terça-feira (10), no Diário Oficial da União (DOU).

    Em um vídeo que viralizou em uma rede social, Adriano está acompanhando de uma mulher, enquanto xinga o Exército (veja vídeo acima). "Forças Armadas filhas da p*. Bando de generais filhos da p*. Vão [sic] tudo tomar no c*. Vanguardeiros de m*", afirma.

    Apesar de estar na reserva, Adriano atuava como assessor da Divisão de Coordenação Administrativa e Financeira do HFA. O g1 entrou em contato com ele por uma rede social, mas não obteve retorno até a última atualização desta reportagem.

    No vídeo, enquanto o militar desferia as ofensas, a mulher ao lado dele tentava proteger os olhos das bombas de efeito moral que eram lançadas pelas forças de segurança para afastar a minoria de bolsonaristas terroristas que invadiram o Congresso Nacional, o STF e o Palácio do Planalto.

"Covardes. Olha aqui o que está acontecendo com a gente. Olha aqui o povo, minha esposa. Esse nosso Exército é um m*. Que vergonha de vocês, militares", disse Adriano.


    Resumo dos ataques

    Bolsonaristas terroristas invadiram e depredaram Palácio do Planalto, Congresso Nacional e STF. Veja fotos de quem participou da destruição.

    O movimento golpista que ocorre há semanas em Brasília foi engrossado por dezenas de ônibus que chegaram no fim de semana.

    Apesar disso, a PM do DF mantinha poucos homens no local e não conseguiu frear os terroristas. A polícia foi criticada e acusada de omissão. Obras de arte e móveis foram quebrados no palácio presidencial. O plenário do STF ficou destruído. Veja FOTOS e VÍDEOS da barbárie.

    Lula decretou intervenção federal para assumir a segurança do DF, e o governo pediu a prisão do bolsonarista Anderson Torres, que respondia pela segurança em Brasília. O ministro do STF Alexandre de Moraes determinou o afastamento do governador Ibaneis Rocha (MDB) por, pelo menos, 90 dias. Quem assume o cargo é a vice, Celina Leão (PP).

Segundo a Polícia Civil, 204 pessoas foram presas por participação nos atos.

Na segunda, o Exército e a PM desmontaram o acampamento bolsonarista no QG. Ao todo, 1,2 mil pessoas foram detidas e levadas à Polícia Federal para triagem.

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