Porto Velho, RO - Na semana que começa, o Hoje é Dia se volta para a proteção aos recursos naturais, em especial às florestas brasileiras. O Dia de Proteção às Florestas, comemorado hoje (17), homenageia ainda um personagem do folclore nacional, a quem é atribuído o cuidado e a proteção das matas do Brasil: o Curupira.
Menino de cabelos longos e vermelhos tipo fogo, o Curupira tem os pés virados para trás para despistar os caçadores. A lenda é de origem indígena, mas virou parte do imaginário popular em todo o território nacional - e também tornou-se peça importante no aprendizado sobre a preservação ambiental. Afinal, que criança nunca ouviu falar do Curupira? Por conta disso, resgatamos este trecho do Música Animada, que foi ao ar na TV Brasil, em que a banda Roni e As Figurinhas apresenta uma canção sobre o Curupira. Acompanhe:
Este episódio do História Hoje, da Radioagência Nacional, reforça que, "lenda à parte, o dia dedicado à proteção das florestas quer chamar a atenção para a importância da preservação desse tipo de vegetação essencial para o ciclo da vida":
Ainda nesta semana, outra figura que teve papel importante na luta pela preservação de florestas e dos povos indígenas é lembrada - mas esta da vida real. No dia 18, completam-se 20 anos da morte de Mário Juruna, ativista indígena da etnia Xavante e primeiro indígena a ocupar o cargo de deputado federal. Uma das marcas registradas do político era um gravador portátil, com o qual gravava conversas com autoridades para denunciar caso não cumprissem a palavra.
Mário Juruna, cacique da etnia Xavante, primeiro indígena deputado federal, eleito em 1982. Foto: Arquivo CD - Acervo Câmara dos Deputados
Juruna exerceu mandato no Congresso Nacional de 1983 a 1987. Durante o período, ele foi responsável pela criação da Comissão Permanente do Índio no Congresso Nacional e outras medidas de atenção aos povos indígenas. Passados mais de 30 anos do fim do mandato de Mário Juruna, os indígenas tiveram somente mais um representante na Câmara Federal: a deputada Joênia Wapichama, em exercício desde 2018.
125 anos da Academia Brasileira de Letras
A língua e a literatura brasileiras também são celebradas nesta semana. Na quarta-feira (20), a Academia Brasileira de Letras (ABL) completa 125 anos de fundação. A ABL foi criada em 1897, com objetivo de preservar a literatura brasileira e teve como primeiro presidente o escritor Machado de Assis.
Embora seja necessário ter um livro publicado para se candidatar a uma cadeira na academia, a ABL não é composta somente por escritores profissionais. Os imortais da ABL são figuras que estão inseridas e são relevantes para a cultura nacional.
A atriz Fernanda Montenegro, ocupante da cadeira 17, e o músico Gilberto Gil, cadeira 20, são alguns dos mais novos membros. Eles foram eleitos, respectivamente, para as cadeiras que eram do diplomata Affonso Arinos de Mello Franco e do jornalista Murilo Melo Filho. No ano passado, a Agência Brasil explicou como funciona a sucessão de cadeiras na Academia (leia).
Na Argentina, também há efeméride na literatura. Há 90 anos, em 17 de julho de 1932, nascia o cartunista Quino, criador da Mafalda. Traduzidas para 30 idiomas, as tirinhas trazem a visão de mundo de uma menina de 6 anos que tem reflexões pertinentes e muito a falar sobre as questões mundiais. Quando Mafalda completou 50 anos de existência, em 2014, O Repórter Brasil, da TV Brasil, mostrou por que a personagem tornou-se tão icônica:
Quino morreu em 2020, mas deixou um legado e uma legião de fãs pelo mundo inteiro. As tirinhas de Mafalda nasceram em 1964 e pararam de ser publicadas menos de uma década depois. Ainda assim, os debates e as falas da garotinha ainda podem ser trazidas para situações atuais. Saiba mais sobre a trajetória do cartunista nesta reportagem disponível na Radioagência Nacional:
Comemorações no mundo do esporte
Terça-feira (19) é celebrado o Dia Nacional do Futebol. A data foi instituída em 1976 e homenageia a fundação do Sport Club Rio Grande, do Rio Grande do Sul, time mais antigo do Brasil ainda em atividade. O clube foi criado em 19 de julho de 1900, apenas 23 dias antes da fundação da Associação Atlética Ponte Preta.
A informação pode gerar dúvidas, já que grandes times, como Flamengo e Vasco, têm como data de fundação os anos de 1895 e 1898, respectivamente. No entanto, em ambos os casos, os clubes foram criados para participar de competições de remo, e o futebol veio apenas depois. Em 2017, o programa No Mundo da Bola, da Rádio Nacional, entrevistou o então presidente do Sport Clube Rio Grande, que falou mais sobre a trajetória desse veterano do futebol brasileiro.
E também tem aniversário de conquistas históricas no atletismo. Em 20 de julho de 1952, nos Jogos Olímpicos de Helsinque, na Finlândia, José Telles da Conceição conquistava a primeira medalha do Brasil no esporte. Ele alcançou a marca de 1,98 metro no salto em altura e faturou a inédita medalha de bronze - sendo o primeiro representante do atletismo nacional a subir ao pódio.
José Telles da Conceição (à esquerda) despontou para o atletismo treinando no Vasco da Gama - Memória do Esporte Olímpico Brasileiro/TV Brasil/Divulgação
E, no dia 23 de julho, serão 90 anos da morte de Alberto Santos Dumont, que entrou para a história como o pai da aviação. No ano passado, a Agência Brasil publicou uma entrevista com o escritor holandês Arthur Japin, autor do livro O homem com asas, um romance histórico sobre a trajetória e os sentimentos do brasileiro (leia). O voo do brasileiro Alberto Santos Dumont, em uma distância de 60 metros com o 14-Bis, completou 115 anos em 2021.
Confira a lista semanal do Hoje é Dia com datas, fatos históricos e feriados:
17 a 23 de julho de 2022
*com supervisão de Nathália Mendes
Fonte: Agência Brasil
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